terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

seis de fevereiro

O dia chegou a sorrir, o sol brincalhão fugia das nuvens que ameaçavam tirar-lhe o seu brilho intenso, ela acordou com aquele nervoso miudinho que tanto lhe dizia que ia correr bem como lhe dava inúmeras razões de que iria falhar. O seu coração acordou e perguntou se tinha dormido bem, disse-lhe também que tudo ia correr bem porque ela merecia e porque ele estava ali a apoiá-la acontecesse o que acontecesse. Mais aliviada, ela deixou-se estar deitada a aproveitar o tempo a sós com o seu coração. Como ela tinha saudades de manhãs daquelas… Eles riam e brincavam, voavam de sonho em sonho, juntos. Era a única coisa que interessava, que estavam juntos. Tudo era natural e podia ver-se a alegria genuína a flutuar no ar.

Ela estava mais calma, estava feliz, e sabia que mesmo que se o dia lhe pregasse uma partida má e lhe batesse com a porta na cara, o seu coração estava ali, a enchê-la de felicidade.

Com muita dificuldade, dúvida e ansiedade, ela levantou-se e vestiu a roupa mais confortável e profissional que tinha, passou maquilhagem pelo seu rosto branco do inverno gelado que se fazia sentir e pulverizou-se com o seu perfume característico, aquele que o seu coração tanto gosta. Agora sim, estava mais confiante. E foi com as palavras e os gestos do seu coração que se despediu dele e se vez à estrada. Partiu numa nova aventura com a melhor companhia, ela sabia que com os três mosqueteiros reunidos, conseguiria sobreviver ao que estaria por vir.

O sol conduziu-a para a sala de reuniões cinzenta e iluminada por ele mesmo. O nervosismo fugiu para o canto da sala e deixou a simpatia e naturalidade tomar conta da rapariga. O homem mau tornou-se um avozinho agradável que a apresentou logo se seguida àquela que se ia tornar na sua irmã mais velha. A rapariga respirou fundo e soube que estava no sítio certo, não parava de sorrir.

Os dois mosqueteiros fizeram da festa que a rapariga sentia a sua própria festa e no meio dos festejos, aparece o coração com o seu brilho nos olhos e o seu sorriso que dizia “eu sabia que conseguias”. Naquele momento ela soube o quão sortuda ela tinha sido naquele dia, e rezou para que mais dias como aquele chegassem. Ela precisava do seu coração por perto, finalmente entendeu isso, e o seu coração também a queria. O seu coração que tinha sido libertado, ignorado, rejeitado e, mesmo assim voltou, era só isso que interessava. Ela estava feliz, e o seu coração também… 




Mary*

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